Diário de Veritania I Text Audio /1 ⍟
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Esse tal de 'Atlas' me deixa desconfortável. Quando o Ancião e o Criador lutaram pelo domínio, seus territórios faziam um certo sentido violento. Havia um propósito conhecido por trás das abominações contra as quais lutamos. Agora que esses propósitos se foram, essas terras voltamos a uma maleável argila primitiva que parece oferecer nossos desejos como ofertas de paz.

Há muito tempo, antes de eu ser exilada, de fato antes de conhecer verdadeiramente as rudes realidades adultas da humanidade, passei por um salão de espelhos em um parque em Teópolis. Pelo piscar da luz das tochas, eu me vi refletida no infinito, finalmente obscurecida não por qualquer horizonte, mas pelo escurecimento e encolhimento da minha própria imagem, à medida que ela se tornava cada vez mais distante por trás dos ecos de si mesma.

As brumas do Atlas são as mesmas. Não há neblina, umidade, nem névoas obscuras e onduladas. Existe apenas minha vontade, meus pensamentos e minhas expectativas, refletidos como incontáveis ​​ecos através de um vasto e imensurável espaço. Um ser puro pode fazer deste um paraíso, mas somos mortais e cheios de vícios.

O desejo é o verdadeiro inimigo aqui.

Veritania, a Disciplinada.

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